É com imensa alegria que compartilho minha paixão pelos livros com vocês! Para um acompanhamento mais
próximo das minhas leituras e descobertas literárias, convido a todos a me seguirem no Skoob.
O Skoob é a plataforma perfeita para compartilharmos nossas jornadas literárias, trocar recomendações e
explorar o universo dos livros juntos. Lá, vocês poderão ficar por dentro das atualizações mais
recentes, resenhas e descobertas literárias que estou compartilhando.
Para me seguir, basta acessar meu perfil no Skoob
Decfalter
e embarcar nessa aventura literária comigo!
Agradeço por fazerem parte desse universo mágico da leitura. Mal posso esperar para trocarmos
experiências literárias no Skoob!
Como piloto de uma companhia aérea, o primeiro romance de Rob Stevens, Os monstros do cartógrafo, foi
escrito durante as viagens de trem e de taxi pela Europa e em quartos de hotel em Estocolmo, Oslo,
Istambul e Paris. E a estreia não poderia ter sido melhor: tornou-se um bestseller e foi indicado ao
Waterstone's Children's Book Prize.
Em pleno século XV, quando um importante capitão dos mares decide zarpar em busca de uma nova terra,
Walter Bailey e seu sobrinho de doze anos Hugo são empregados como os cartógrafos do navio. São os dois,
inclusive, que analisam cada ilha misteriosa que a frota encontra pelo caminho.
Ao chegar a uma praia de areia roxa, a dupla de cartógrafos acredita ter encontrado o paraíso. Mas essa
ideia inicial acaba no momento em que Walter é capturado por um gigantesco rato voador. Com a ajuda de
criaturas estranhas e maravilhosas, Hugo terá apenas uma chance para salvar seu tio e colocar à prova
seu treinamento em cartografia. Para dificultar, ele terá que enfrentar seres nunca antes vistos, como
porcos voadores, ratos falantes e os temidos bufalogros.
Apesar de ser uma história de aventura e fantasia que se passa em pleno século XV, Os monstros do
cartógrafo é também uma história emocionante de superação e de demonstração do amadurecimento de um
menino que agradará leitores de todas as idades. Foi o que aconteceu na Inglaterra, quando logo após o
lançamento, tornou-se leitura obrigatória entre alunos de colégios e de universidades.
Resenha de "Os Monstros do Cartógrafo" por Rob Stevens
Os Monstros do Cartógrafo representa não apenas o início da minha jornada literária, mas também o
ponto crucial que despertou meu amor pela leitura. Cada página dessa obra marcante ficou gravada em
minha memória, pois foi aqui que a magia dos livros se revelou para mim.
A história envolvente capturou minha atenção, estimulando minha curiosidade e alimentando meu desejo
constante por mais conhecimento. Este livro, sendo minha primeira incursão na leitura, proporcionou
uma experiência cativante e descomplicada.
Sua trama fascinante e imaginativa explorou de maneira excepcional a criatividade do leitor,
levando-me a devorar cada capítulo ávido por descobrir o que aconteceria em seguida. As ilustrações
presentes na obra não apenas enriqueceram a narrativa, mas também aprofundaram a minha imersão no
universo criado pelo autor.
Sem dúvida, Os Monstros do Cartógrafo é um ponto de partida ideal para aqueles que desejam iniciar
sua jornada literária e cultivar o hábito maravilhoso da leitura. Este livro não só marcou o início
da minha trajetória como leitor, mas permanecerá como uma lembrança viva em minha memória, uma obra
que levarei com carinho ao longo de toda a minha vida.
Quando pensamos em dinossauros, nossa imaginação voa longe, para um passado remoto, quando gigantes
cheios de dentes com garras perigosas circulavam aos montes pela Terra. Sim, há mais de 200 milhões de
anos eles viviam espalhados por todos os cantos do planeta, mas nem todos eram tão monstruosos quanto
imaginamos.
Assim como os répteis de hoje, eles podiam ser muito diferentes uns dos outros. Neste livro, você vai
saber como os paleontólogos descobriram as formas e os tamanhos dos 23 dinossauros brasileiros e
conhecer as histórias que estão por trás dos seus nomes e fósseis.
Agora, o mais intrigante de tudo é saber que eles ainda andam por aí. Dá pra acreditar?
Partindo para o segundo livro da minha jornada literária, Dinos do Brasil se destacou de imediato
por abordar a fascinante temática dos dinossauros brasileiros. A ideia de explorar a existência
dessas criaturas em terras brasileiras despertou minha curiosidade de forma intensa, motivando-me a
mergulhar na leitura.
Assim como no livro anterior, Dinos do Brasil apresentou uma leitura acessível e envolvente,
tornando a experiência prazerosa e cativante. A cada página, a narrativa me levava a refletir sobre
a singularidade de saber que esses imponentes seres habitaram o Brasil em tempos remotos. A
curiosidade despertada não era apenas uma observação distante, mas uma imersão no extraordinário,
algo que raramente questionamos em nosso cotidiano.
Para aqueles que compartilham o fascínio por esses gigantes pré-históricos, este livro se revela uma
fonte de conhecimento intrigante, instigando a vontade de explorar ainda mais o mundo dos
dinossauros. Dinos do Brasil não apenas adiciona um capítulo empolgante à minha jornada literária,
mas também cria uma ponte para a compreensão e apreciação do nosso passado geológico e biológico.
Essa obra, ao despertar a vontade de conhecer mais sobre os dinossauros brasileiros, firma-se como
um convite irresistível a explorar as maravilhas da paleontologia nacional.
Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue se lembrar é de
seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica
chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos.
"Bem-vindo à Clareira, fedelho."
A Clareira. Um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como
foi parar ali. Nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os
cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador.
Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar: chega uma garota, a primeira enviada à
Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo. Thomas será mais importante do
que imagina. Mas, para isso, terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr...
correr muito!
Correr ou Morrer é o primeiro volume da saga Maze Runner, uma série que já conquistou milhares de fãs em
todo o mundo. Escrita pelo americano James Dashner, é um thriller asfixiante, repleto de ação e suspense
psicológico. Aclamado pela crítica como um dos melhores livros de 2009, chegou às telas dos cinemas em
2014 em uma adaptação dos estúdios Fox.
Resenha de "Maze Runner: Correr ou morrer" por James Dashner
Anos após assistir ao primeiro filme da série Maze Runner, finalmente tive a oportunidade de ler o
livro que deu vida àquelas memoráveis cenas. A leitura trouxe à tona todas as lembranças e emoções
proporcionadas pela obra cinematográfica, reacendendo a sensação de dúvida e apreensão que permeiam
a trama.
A incerteza quanto à localização dos personagens e a empatia gerada ao imaginar-me em situações
semelhantes adicionaram camadas profundas à minha experiência literária. A descrição das enormes
estruturas de concreto cobertas por limo evoca uma estética misteriosa e sombria que contribui para
a atmosfera envolvente do livro, assim como aconteceu no filme. Essa atmosfera singular continua a
surpreender-me mesmo após todos esses anos.
Este primeiro livro é apenas o início de uma série composta por mais seis obras, totalizando sete na
coleção Maze Runner. Tenho plena certeza de que eventualmente concluirei a leitura de toda a série,
mesmo possuindo os outros seis volumes em formato digital, pois a preferência pelo livro físico
permanece.
Os filmes e o primeiro livro não são apenas fontes de entretenimento, mas também guardam boas
lembranças e um vínculo especial com algumas pessoas que tenho carinho. Cada página lida
transporta-me de volta às emoções vivenciadas durante a jornada dos personagens, criando uma conexão
única entre a ficção e minha própria experiência. O desejo de concluir a série permanece vivo, e
quem sabe em um futuro não tão distante eu me entregue novamente às páginas dessas histórias
cativantes.
Ano: 2011 / Páginas: 276 / Editora: Cosac Naify Contos | Literatura
Estrangeira |
Drama | Ficção
Traduzido e organizado pelo romancista Rubens
Figueiredo, este livro traz seis contos longos escritos por Anton
Tchekhov
(1860-1904) na última fase de sua obra. Neles, o tema é o cotidiano da amesquinhada vida russa no final
do século XIX.
Tchekhov revela-se um profundo conhecedor da vida rural e urbana, dos costumes de mujiques, de
comerciantes, de proprietários de terra e de jovens intelectuais. Suas narrativas captam um universo
amplo, contraditório, tenso, em que o leitor não pode nunca permanecer impassível.
A edição traz algumas cartas de Tchekhov, escritas durante os anos mais produtivos de sua vida.
Resenha de "O Assasinato e outras historias" por Anton Tchekhov
O Assassinato e Outras Histórias de Tchekhov revelou-se uma obra profundamente impactante para mim,
transportando-me para uma atmosfera rígida que retrata a vida dos mujiques, os camponeses russos
antes de 1917. Cada história delineia de forma clara a escassez de recursos e as condições de vida
desafiadoras enfrentadas por eles na época.
As narrativas perturbadoras que se desenrolam entre os mujiques, permeadas por um clima denso e
melancólico, conferem um charme único à obra. A obra serviu como um despertar para minha
familiarização com a língua russa, sendo o gatilho inicial que despertou meu interesse por esse
idioma tão distinto. A descrição das vivências dos personagens e o contexto histórico apresentado na
obra aguçaram minha curiosidade, levando-me a querer compreender mais profundamente a língua russa.
Este idioma, que é a segunda língua que pretendo aprender, chama minha atenção por sua diferença em
relação ao que estamos habituados, e, principalmente, pela fascinante fonética russa. Sem dúvida, no
futuro, dedicarei tempo e esforço para aprender a língua russa, inspirado pelo impacto que O
Assassinato e Outras Histórias de Tchekhov teve em minha apreciação pela cultura e pela complexidade
linguística russa.
Esta obra não apenas proporcionou uma imersão nas vidas dos mujiques, mas também abriu as portas
para um novo mundo linguístico e cultural que estou ansioso para explorar.
5. Malala Yousafzai | Eu sou Malala: A história da garota
que defendeu o direito à educação
e foi baleada pelo Talibã
Ano: 2013 / Páginas: 360 / Editora: Companhia das Letras Biografia,
Autobiografia, Memórias | Drama | Literatura Estrangeira
Quem é Malala? O mundo a conheceu em outubro de 2012, quando foi baleada por extremistas do Talibã por
insistir no direito das mulheres à educação. Mas Malala não é apenas um símbolo da luta por uma causa
nobre. É uma personalidade excepcional, criada num ambiente rodeado por adversidades impensáveis ao
leitor de países habituados à democracia.
Eu sou Malala conta a história de uma menina que, aos dezesseis anos, foi convidada a dirigir-se ao
mundo em um discurso na sede das Nações Unidas, em Nova York. Apesar de seus poucos anos de vida, sua
trajetória condensa os impasses de uma família exilada pelo terrorismo global e os obstáculos à
valorização da mulher no mundo muçulmano.
Em linguagem simples, direta e confessional, o livro acompanha a infância da garota no vale do Swat, no
Paquistão - onde seu pai era dono de uma escola particular -, os primeiros anos de estudante, as
asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da
vida sob o Talibã.
Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a
singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e
cultural repleto de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido pelo Ocidente.
A história de Malala renova a crença na possibilidade de que a vida de uma única pessoa seja o bastante
para inspirar e modificar o mundo.
Quem nunca ouviu falar da garota que foi baleada enquanto voltava da escola, vítima de um ato de
violência por um único motivo: o direito de estudar e aprender? Antes mesmo de me aprofundar na
história contada no livro, já tinha conhecimento sobre ela, até que um dia surgiu a oportunidade de
ler a obra.
Malala, um nome que ecoa com força, compartilha em suas páginas diversas passagens de sua vida,
desde os momentos simples de brincadeiras em seu vale até se tornar a pessoa mais jovem a receber o
Prêmio Nobel da Paz. A leitura, repleta de momentos impactantes, despertou em mim uma gama de
emoções e frequentemente me levou a recuperar o fôlego diante da densidade narrativa.
Malala não apenas compartilha sua jornada pessoal, mas também oferece uma visão profunda sobre a
importância da educação. A obra provocou reflexões intensas sobre o tema da educação em geral,
especialmente ao considerar o contexto brasileiro. Ao relembrar minha própria trajetória na rede
pública de ensino, percebi que muitos alunos, assim como eu em algum momento, não valorizavam
plenamente as oportunidades proporcionadas. Isso não é uma generalização, mas uma constatação de uma
realidade vivida.
Parar para pensar que alguém foi vítima de violência por buscar algo que, para muitos ao meu redor,
era abundantemente disponível, provocou uma profunda reflexão sobre as diferenças de realidades e
ampliou minha visão sobre a vida em sua complexidade. A história de Malala não é apenas um relato
pessoal, mas uma narrativa que transcende fronteiras, estimulando a reflexão sobre a importância do
acesso à educação e as discrepâncias sociais que ainda persistem em muitas partes do mundo,
inclusive em nosso próprio país.
Ano: 2014 / Páginas: 280 / Editora: Novo Século Ficção científica
| Literatura Brasileira | Romance
Neste surpreendente romance de ficção científica, Madhu é abduzida por uma nave intergaláctica. A bordo
da colossal nave alienígena, fará amizade com uma bizarra híbrida, conhecerá um androide que vai abalar
seu coração e aprenderá lições que mudarão sua vida para sempre.
Madhu é uma Semente Estelar e terá que semear a Terra para gerar uma Nova Realidade que substituirá a
ilusória realidade criada por Lúcifer. Porém, a missão não será fácil, já que Marduk, personificação de
Lúcifer na Via Láctea, com a ajuda de seus fiéis sentinelas reptilianos, fará de tudo para não deixar a
Nova Realidade florescer.
Madhu terá que tomar uma difícil decisão. E aprenderá a usar seu poder sombrio em benefício da Luz.
Resenha de "A Realidade de Madhu" por Melissa Tobias
A narrativa fascinante de Realidade de Madhu proporcionou-me uma experiência literária singular.
Este livro, de autoria nacional, transporta o leitor para uma jornada extraordinária ao lado da
protagonista, navegando por uma nave intergaláctica impregnada daquela energia misteriosa e
inexplorada.
A habilidade da autora em pintar vívidas imagens dos cenários por onde Madhu passa ao longo da
história enriquece as experiências intergalácticas, desde salas tecnológicas até galpões de
treinamento. Esta habilidade de ambientação é o que mais me cativou na obra, especialmente ao
imaginar o majestoso palácio de vidro mencionado, que despertou minha imaginação sobre como seria
testemunhar aquela paisagem em um planeta completamente diferente da Terra, com seus dois sóis.
Realidade de Madhu oferece ao leitor uma imersão profunda, proporcionando uma sensação envolvente de
estar presente nos ambientes descritos. A narrativa transporta-nos para um mundo novo e
desconhecido, lembrando-nos da magia de explorar o desconhecido e da maravilha de enxergar o mundo
com olhos de criança.
Em vários momentos, é possível sentir a presença de Madhu, criando uma conexão emocional que resgata
a sensação de redescobrir o mundo. Este livro é mais do que uma simples leitura; é uma jornada
cativante que desperta a imaginação e a nostalgia da infância, tornando-se uma experiência memorável
para qualquer leitor.
Ano: 2015 / Páginas: 320 / Editora: V&R Editoras Drama /
Literatura Estrangeira / Romance
Skylark não é mais uma menina, mas os outros personagens dessa história não estão prestando atenção
nesse fato. Gully, o irmão mais novo de Sky, tem dez anos e está obcecado por investigar uma tentativa
de assalto; sua mãe foi embora para o Japão numa busca insana pela vida artística; seu pai, Bill, parece
satisfeito em beber enquanto permanece imerso na loja de vinis e no passado.
Do alto do terraço, Nancy, a amiga mais velha e experiente, fuma um cigarro e diz que Sky deve se
divertir mais; uma garota é encontrada morta e há cartazes com seu rosto estampado por todo o bairro; há
uma estranha ligação entre a garota dos cartazes e Luke, o novo funcionário de seu pai.
Nessa história, cada acontecimento tem sua própria melodia. E essa é a história de como Sky encontra seu
lugar no mundo. Um lugar em que não existem garotas perfeitas. É também a história de uma garota louca e
de uma garota fantasma; de um garoto que não sabia de nada e de um garoto que achava que sabia de tudo.
E é sobre vida, morte, luto e romance. Só coisa boa.
Minha experiência com Garota Imperfeita começou de forma hesitante, sem despertar inicialmente meu
interesse. Contudo, à medida que me aprofundei na trama, fui cativado pela narrativa envolvente e
pela perspectiva única da protagonista em relação ao mundo ao seu redor. A evolução da história e a
maneira como a protagonista interpreta sua realidade contribuíram significativamente para meu
crescente apreço pelo livro.
Nancy, a amiga da protagonista, destacou-se como minha personagem favorita, apresentando uma
personalidade marcante e completamente distinta em sua forma de ser e agir. Sua presença trouxe uma
dinâmica refrescante à narrativa, enriquecendo a conexão entre os personagens.
A ambientação do livro ganha vida através das referências musicais presentes, especialmente pela
convivência da protagonista com seu pai, proprietário de uma loja de discos. As alusões a músicas e
os momentos em que a trama se desenrola ao som de discos de bandas específicas adicionam uma camada
fascinante à leitura, proporcionando uma experiência mais imersiva e prazerosa.
Garota Imperfeita explora de maneira profunda os conflitos internos da protagonista, além de abordar
outros desafios que surgem ao longo da narrativa. Essa abordagem enriquece a trama, tornando-a mais
complexa e realista. No geral, é uma leitura extremamente gratificante para quem busca uma história
envolvente e bem construída, repleta de nuances e personagens cativantes.
Ano: 2015 / Páginas: 272 / Editora: V&R Editoras Ficção /
Literatura Estrangeira / Suspense e Mistério
Seis pessoas capturadas e trancafiadas em um bunker, sem contato algum com o exterior. Seis vidas, seis
personalidades que poderiam jamais se cruzar, passam a coabitar o mesmo espaço.
Linus, um adolescente de 16 anos; Jenny, uma menina de 9 anos; Fred, um dependente químico; Anja, uma
mulher elegante e atraente de aproximadamente 30 anos; William Bird, um executivo de 38 anos; e Russell
Lansing, um físico de 70 anos com a saúde debilitada.
Câmeras e microfones registram qualquer movimento das seis vítimas. Não há portas nem janelas. Mas quem
os observa? Por que eles foram os escolhidos?
É através do olhar de Linus, o primeiro capturado, que adentramos esse lugar. Os registros em seu diário
delineiam a perturbadora arquitetura do bunker – espaço intransponível em que a humanidade é colocada à
prova, numa espécie de voyeurismo sádico, bárbaro e impiedoso.
Resenha de "Bunker:Diário da Agonia" por Kevin Brooks
Bunker: Diário da Agonia é verdadeiramente digno do título que ostenta, pois consegue transmitir de
maneira excepcional a sensação de agonia ao leitor. O autor habilmente entrelaça elementos como
apreensão, claustrofobia, mistério e confusão, criando uma experiência de leitura que é cativante e
instigante.
A habilidade do autor em mesclar esses elementos de forma harmoniosa torna a narrativa envolvente,
incitando o leitor a desejar desvendar todos os mistérios dentro de um único dia. A fluidez da
leitura é notável, proporcionando uma sensação constante de "quero muito ver como isso acaba". A
história, apesar de macabra em sua essência, é intrigante, levando o leitor a momentos de reflexão
profunda.
Há momentos em que é preciso pausar a leitura, encarar o vazio e refletir sobre as complexidades do
enredo, exigindo um tempo para assimilar as nuances perturbadoras que foram apresentadas. O que mais
me atraiu foi a ausência de um final feliz. Este aspecto se destacou como o ponto alto da obra para
mim, pois foge da convenção de finais positivos.
Em um mundo literário saturado de histórias que concluem com um final feliz, Bunker: Diário da
Agonia destaca-se ao desafiar essa norma. A narrativa oferece uma oportunidade única para explorar
histórias menos otimistas, proporcionando uma experiência literária enriquecedora que vai além da
superfície. Se você aprecia narrativas que fogem do convencional e têm o poder de ensinar lições
valiosas, este livro é uma leitura imperdível.
Nos primórdios da humanidade, quando a fome e os predadores ameaçavam a raça humana, chega à Terra um
objeto inusitado, inacessível à limitada compreensão da mente pré-histórica, mas que influencia os
homens a descobrir coisas que permitem a sua própria evolução.
Milhões de anos depois, a descoberta de um monólito soterrado na Lua deixa os cientistas perplexos. Para
investigar esse mistério, a Terra envia ao espaço uma equipe altamente treinada e HAL 9000, uma
inteligência artificial responsável pelo funcionamento da nave e pela segurança dos tripulantes. Porém,
o surgimento de pequenas falhas levanta a suspeita de que há algo errado com a missão.
Escrito por Arthur C. Clarke com o intuito de expandir a história criada com Stanley Kubrick para o
cinema, 2001: uma odisseia no espaço desconcerta o leitor e o conduz a um futuro alternativo da história
humana.
O livro foi escrito por Arthur C. Clarke em conjunto com Stanley Kubrick durante a produção do longa
cinematográfico e publicado após o filme.
Foi inspirado em alguns contos do autor, tais como: A Sentinela e Encontro no Alvorecer.
O filme foi lançado um ano antes do homem chegar à lua o que fez com que as teorias de que o homem pisar
na lua eram meramente efeitos de Hollywood, ganhassem mais força.
2001: Uma Odisseia no Espaço pela Editora Aleph já vendeu mais de 30 mil exemplares.
Resenha de "2001: Uma Odisseia no Espaço" por Arthur Charles Clarke
Tive o privilégio de mergulhar nas páginas deste clássico da ficção científica, 2001: Uma Odisseia
no Espaço, e experimentei uma imersão única nessa narrativa que transcende o tempo. Ao longo da
leitura, pude captar, de maneira intrigante, a sensação de como pode ser tedioso aguardar durante
uma viagem espacial, mesmo quando se está viajando a velocidades inimagináveis.
O livro proporciona uma perspectiva fascinante da vastidão silenciosa e serena do espaço, onde tudo
parece imenso e se move em um ritmo lento e majestoso. Em certos trechos, a monotonia das viagens
espaciais é habilmente transmitida, fazendo com que o leitor compartilhe a sensação de como a rotina
dessas jornadas pode ser tranquilamente entediante.
No entanto, essa monotonia é interrompida pela presença de uma inteligência artificial que se faz
passar por amiga, mas que, na verdade, abriga planos obscuros para a tripulação. Este contraste
entre a aparente serenidade do espaço e a ameaça latente cria uma tensão que mantém o leitor
cativado ao longo da trama.
A leitura de 2001 não apenas proporcionou uma compreensão mais profunda das complexidades das
viagens espaciais, mas também plantou em mim a semente do desejo por explorar outros clássicos, não
apenas no gênero da ficção científica, mas em diversos campos, incluindo a história. Este livro não
apenas ampliou meus horizontes literários, mas também despertou a curiosidade por obras atemporais
em diferentes domínios, enriquecendo minha jornada como leitor.
A obra conta, pela ótica de um projeto (em linguagem corporativa), uma viagem de moto realizada na
histórica Route 66 (Rota 66), de Chicago a Los Angeles, nos Estados Unidos.
Sendo um empreendimento temporário, uma viagem encaixa-se perfeitamente nas características de um
projeto, e como tal, tem sua fase de iniciação, planejamento, execução, monitoração e controle e
encerramento, além de seus conceitos de gestão nas áreas de conhecimento pelas quais todo projeto se
baseia.
Rota 66 é uma obra concisa; embora suas páginas sejam poucas, sua grandeza reside na abordagem
corporativa que oferece, proporcionando uma perspectiva envolvente de todo o projeto. Desde a fase
inicial até o encerramento, o livro utiliza uma linguagem corporativa cativante para traçar a
jornada completa de
Fabio Luiz
Braggio. Essa
abordagem abrange a iniciação, o planejamento, a execução, a monitoração e controle, até o desfecho
do projeto.
A capacidade do autor de condensar toda a viagem em uma narrativa curta, mas completa, é notável. O
livro se destaca ao oferecer não apenas uma visão abrangente do percurso, mas também ao fazê-lo de
maneira descontraída. Essa abordagem torna a leitura acessível e agradável, mesmo para aqueles que
não são especialistas na área corporativa.
Rota 66 é, portanto, uma leitura recomendada para entusiastas do mundo corporativo, proporcionando
uma visão detalhada de uma jornada empresarial, sem abrir mão do aspecto descontraído. O autor
realiza um trabalho notável ao equilibrar a profundidade das informações com uma narrativa
envolvente, tornando este livro uma escolha excepcional para quem procura uma leitura completa, mas
acessível, sobre o tema.
Ano: 2014 / Páginas: 336 / Editora: V&R Editoras Suspense e
Mistério / Terror / Literatura
Estrangeira
“A loucura é algo relativo. Depende muito do lado da grade em que a pessoa está.”
Ao entrar pela primeira vez na New Hampshire College, Dan Crawford não tem ideia de que viverá neste
lugar as cinco semanas mais intensas de sua vida. Como os alojamentos estavam em reforma, os alunos
estão instalados na ala desativada de um sanatório. Quando Dan e seus amigos, Abby e Jordan, começam a
explorar os corredores e o sótão, descobrem que aquele edifício não era um instituto para doentes
mentais comuns, pois por ali passaram psicopatas, homicidas; gente extremamente perigosa.
No entanto, a presença dos três ali não é obra de um mero acaso, pois o asilo é a chave para um passado
terrível e segredos que se recusam a ficar enterrados. Com fotos e cartas ilustrativas, Asylum é um
suspense arrepiante e diferente de tudo o que você já leu. Uma história de terror na fronteira entre a
genialidade e a loucura.
A primeira impressão é marcante, e Asylum começa com uma frase memorável: "A loucura é algo
relativo. Depende muito do lado da grade em que a pessoa está." Essa introdução instigante
imediatamente despertou minha curiosidade, indicando que estava prestes a embarcar em uma leitura
intrigante.
À medida que as páginas avançam, a trama revela os segredos sombrios do antigo Brookline,
desvendando os eventos misteriosos que ocorreram lá e os personagens envolvidos. O livro cria um
ambiente macabro e misterioso, onde o mistério permeia cada canto das palavras.
Cada linha da narrativa é impregnada de suspense e terror, incentivando a mente a formular perguntas
incessantes: "O que é isso? Por que aquele personagem é assim? Quem foram aquelas vítimas? Como
foram parar lá?" Essas questões, e muitas outras, guiam o leitor por uma jornada literária através
de Brookline, mantendo-o imerso na trama. Asylum é um convite para explorar o desconhecido,
mergulhar nas bizarrices e desvendar os mistérios que permeiam a história.
Além dos momentos bizarros, o livro também apresenta vínculos entre os três amigos principais, Dan,
Abby e Jordan. No entanto, esses momentos de amizade são frequentemente interrompidos por certas
adversidades, que deixo para você descobrir durante a leitura. Em resumo, Asylum é uma recomendação
entusiástica, uma obra que prende a atenção desde o início e não deixa o leitor descansar até que
todas as perguntas sejam respondidas. (É claro, todas as recomendações nesta página são dadas com
entusiasmo! 😅😅).
Ano: 2015 / Páginas: 384 / Editora: V&R Editoras Terror / Jovem
adulto / Literatura
Estrangeira / Suspense e Mistério
Visões. Vozes. As lembranças do verão passado, vividas no alojamento
Brookline do New Hampshire College, são as mais aterrorizantes da vida de Dan, Abby e Jordan. Uma
experiência traumática que eles querem esquecer. Porém, seguir em frente não será uma opção. Alguém quer
manter vivo aquele terror.
Os três jovens estão recebendo cartas anônimas com palavras enigmáticas e fotos de um antigo parque de
diversões. Para dar fim nesse pesadelo, eles irão se disfarçar de candidatos e voltar por um fim de
semana ao campus do NHC. Ao chegar lá, eles descobrem que aquele parque das fotos não só é real como
também voltou a funcionar.
Agora, a cada pista que tentam desvendar, Dan e seus amigos descobrem segredos ainda mais sombrios do
que haviam imaginado, além de se colocarem em perigo constante. Para se salvar, eles não poderão perder
o controle.
Sanctum, o segundo livro da série Asylum, não apenas mantém, mas intensifica a aura de mistério e
terror estabelecida pelo seu antecessor. Assim como no primeiro volume, este livro oferece respostas
às questões deixadas em aberto, ao mesmo tempo que entrelaça novas dúvidas, mantendo os leitores na
expectativa. As revelações ao longo da trama são surpreendentes e impactantes, proporcionando
momentos de genuína imprevisibilidade e reflexões profundas.
A história se desenrola novamente no New Hampshire College (NHC), onde novas descobertas chocantes
deixam os leitores boquiabertos. A narrativa é marcada por reviravoltas tão intrigantes quanto as do
primeiro livro, explorando o passado sombrio da escola de maneiras que continuam a surpreender. A
familiaridade que os leitores desenvolvem com os personagens ao longo da série permite uma
compreensão mais rica de suas nuances, criando uma sensação de proximidade enquanto a história
avança.
Sanctum não poupa o leitor de surpresas, explorando o passado oculto da escola de maneiras que não
são necessariamente otimistas. A trama envolvente e profunda promete uma leitura cativante,
desafiando expectativas e mantendo a tensão em alta. Como uma sequência digna, este livro deixa os
leitores ansiosos por mais revelações e mistérios a serem desvendados no desenrolar da série Asylum.
Ano: 2017 / Páginas: 368 / Editora: Galera Record Drama / Ficção /
Literatura
Estrangeira
É Assim que Acaba, da autora best-seller Colleen Hoover, é um romance que explora as escolhas difíceis e
as forças ocultas que moldam a vida de uma jovem mulher. Lily Bloom, a protagonista, tem uma história de
vida marcada por desafios. Criada em uma cidadezinha no Maine, Lily trabalhou duro para superar as
adversidades e construir uma vida bem-sucedida em Boston, onde abriu sua própria loja de flores. Tudo
parece perfeito quando ela conhece Ryle Kincaid, um neurocirurgião charmoso e determinado, que desperta
nela sentimentos intensos.
Apesar de sua conexão forte, Ryle carrega uma aversão profunda a relacionamentos, o que complica a vida
de Lily. Enquanto lida com os altos e baixos desse novo amor, Lily é surpreendida pelo retorno de Atlas
Corrigan, seu primeiro amor, cuja presença traz à tona memórias do passado e ameaça a estabilidade de
sua relação com Ryle.
Hoover tece uma narrativa poderosa e emocionalmente carregada que não foge de temas difíceis, como abuso
e violência doméstica. É Assim que Acaba é um livro corajoso, que oferece uma reflexão profunda sobre os
custos do amor e as escolhas que definem nossa vida. A obra é, sem dúvida, uma leitura impactante e
inesquecível, que desafia os leitores a reconsiderar suas concepções sobre o amor, o sofrimento e a
resistência.
É Assim que Acaba, de Colleen Hoover, me conquistou desde o primeiro contato com sua capa até as
últimas linhas. O título em si carregava uma incerteza intrigante que me acompanhou durante toda a
leitura, revelando seu verdadeiro significado apenas no desfecho. Esse elemento deu ainda mais
profundidade à experiência literária, tornando-a singular e impactante.
Este livro representou um desvio completo do que eu costumava ler, semelhante à experiência que tive
com Os Monstros do Cartógrafo. Ambas as obras conquistaram um lugar especial em meu coração, não
apenas pela qualidade narrativa, mas também por razões pessoais — em ambos os casos, os livros me
foram emprestados por alguém próximo e querido, o que adicionou uma camada extra de significado e
conexão emocional à leitura.
Quanto ao conteúdo, É Assim que Acaba não é uma leitura fácil. O enredo aborda, com brutal
honestidade, cenas de violência física e psicológica, exigindo do leitor pausas para refletir e
processar a intensidade dos acontecimentos. A complexidade das relações tóxicas é exposta de maneira
visceral, explorando o conflito interno da protagonista, que se vê dividida entre o amor e o medo.
Um dos elementos mais memoráveis para mim foi o "Atlas Atencioso", um conceito que ressoou
profundamente e que ficará marcado em minha memória. Para quem já leu, essa referência é facilmente
compreensível, e para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade, recomendo vivamente que
descubram por si mesmos.
Este livro é mais do que uma simples narrativa; é um convite à reflexão, oferecendo uma visão íntima
sobre temas difíceis e proporcionando uma maior compreensão da complexidade humana. Arrisco dizer
que É Assim que Acaba foi uma das leituras mais impactantes para mim em 2023. Embora seja difícil
escolher, dado o calibre das outras obras que li no mesmo período, este livro se destacou como uma
experiência literária inesquecível, contribuindo para um ano de leituras verdadeiramente memorável.
Ano: 2022 / Páginas: 336 / Editora: Galera Record Drama / Ficção /
Literatura Estrangeira /
Romance
É Assim que Começa, continuação de É Assim que Acaba, nos leva de volta à vida de Lily Bloom, que
continua a administrar sua floricultura enquanto navega pelas complexidades de sua nova realidade como
mãe divorciada. Seu ex-marido abusivo, Ryle Kincaid, permanece uma presença constante em sua vida devido
à guarda compartilhada da filha, Emerson. Embora o casamento tenha terminado oficialmente, as sombras do
relacionamento anterior ainda pairam sobre Lily, especialmente quando se trata de Ryle.
O reencontro inesperado de Lily com Atlas Corrigan, seu amor de adolescência, traz uma nova perspectiva
à sua vida. Com ambos solteiros, parece ser o momento ideal para retomar o romance interrompido anos
atrás. No entanto, a presença de Ryle torna essa nova fase um desafio. Ryle, ainda ressentido e culpando
Atlas pelo fim do casamento, está longe de aceitar esse novo relacionamento, principalmente pelo fato de
Atlas ser o último homem que ele deseja ver próximo de sua ex-esposa e filha.
A narrativa alterna entre os pontos de vista de Lily e Atlas, oferecendo uma visão mais profunda do
passado de Atlas e das emoções conflitantes que envolvem todos os personagens. Colleen Hoover, com sua
habilidade única de construir histórias emocionantes, nos entrega uma trama cheia de intensidade,
abordando o poder do amor, as dificuldades de seguir em frente após um relacionamento abusivo e os
desafios de começar de novo.
É Assim que Começa expande a história de Lily, mostrando sua jornada para abraçar uma segunda chance no
amor, ao mesmo tempo em que lida com as implicações de seu passado. É uma leitura cativante e comovente,
que promete tocar o coração dos leitores e provocar reflexões sobre amor, redenção e a força necessária
para superar as adversidades.
Resenha de "É Assim que Começa" por Colleen Hoover
É Assim que Começa, a continuação de É Assim que Acaba, oferece uma leitura mais leve, mas não menos
impactante, que mantém a intensidade emocional característica da série. Embora a trama seja mais
acessível e fácil de absorver, ela continua a explorar temas profundos e complexos, mantendo o
leitor envolvido e intrigado do início ao fim.
Este segundo volume revela muitos dos segredos de Atlas, um personagem que sempre suscitou
curiosidade entre os leitores. As questões sobre seu passado, que pairavam no primeiro livro,
finalmente encontram respostas, permitindo uma compreensão mais profunda de sua jornada e dos
eventos que moldaram sua vida. A alternância entre os pontos de vista de Lily e Atlas confere à
narrativa uma fluidez cativante, criando uma conexão mais íntima com ambos os personagens.
A série continua a abordar elementos de violência psicológica e física, fundamentais para a
compreensão das decisões e desafios que os protagonistas enfrentam. Cada nova descoberta sobre Atlas
provoca surpresa e fascínio, solidificando-o como o personagem mais cativante deste volume.
O livro também resgata momentos nostálgicos, como o apelido carinhoso "Minha peixinha", que reflete
o carinho e a conexão especial entre Lily e Atlas. Esses detalhes enriquecem a trama, trazendo calor
emocional em meio às complexidades e confusões que permeiam a narrativa.
É Assim que Começa não apenas reflete sobre os altos e baixos da vida, mas também se destaca pela
habilidade com que aborda questões delicadas e emocionais. A singularidade e profundidade com que
esses temas são tratados tornam a leitura envolvente e enriquecedora, proporcionando uma experiência
única.
Agradeço por me recomendar e me dar a oportunidade de explorar essas duas magníficas obras, minha
querida amiga. Foi uma jornada literária que certamente ficará marcada em meu coração.
Ano: 2016 / Páginas: 356 / Editora: Plataforma21 Jovem adulto /
Suspense e Mistério /
Terror
Catacomb, o terceiro livro da série Asylum, traz Dan, Abby e Jordan para o último ano do colégio,
marcando o final de um ciclo e o início de uma nova aventura. Decididos a aproveitar ao máximo seu tempo
juntos antes da formatura, o trio planeja uma viagem para New Orleans, onde ficarão na casa do tio de
Jordan. Para Abby, a viagem é especialmente emocionante, pois será uma oportunidade única para capturar
locais e monumentos históricos para seu projeto fotográfico.
No entanto, a euforia inicial logo se transforma em preocupação quando eles percebem que estão sendo
seguidos. A tensão aumenta ainda mais quando Dan começa a receber mensagens perturbadoras de um amigo
que morreu no último Halloween, mensagens que parecem estar ligadas a segredos sombrios do passado.
A narrativa mistura o mistério e o terror característicos da série, enquanto os três amigos tentam
desvendar pistas sobre essas mensagens enigmáticas, um fotógrafo desconhecido e o passado misterioso de
Dan. À medida que investigam, eles se deparam com verdades que são mais assustadoras do que poderiam
imaginar.
Catacomb intensifica a tensão da série, colocando os personagens em uma situação onde a sobrevivência é
incerta e a única esperança é escapar dessa viagem viva. Este volume mantém o leitor à beira do assento,
oferecendo reviravoltas e revelações que fazem dessa leitura uma experiência tão envolvente quanto
arrepiante.
Catacomb, assim como seus predecessores, mantém a aura sinistra que caracteriza a série,
proporcionando aos leitores uma exploração mais profunda dos personagens e da intrincada história
dos artistas de ossos. Este livro não apenas acrescenta detalhes sobre quem são esses artistas, mas
também introduz novos elementos que enriquecem a trama, tornando-a ainda mais intrigante para os fãs
da série.
A tensão aumenta significativamente em Catacomb, proporcionando uma leitura mais angustiante em
comparação com os dois primeiros volumes. Em vários momentos, a sensação de que tudo está perdido e
que os personagens estão à beira do desastre é palpável, criando uma apreensão genuína. No entanto,
a habilidade dos personagens em superar obstáculos aparentemente insuperáveis adiciona um toque de
esperança e surpresa à narrativa.
A narrativa não deixa de abordar temas mais sombrios, com alguns personagens ficando para trás no
decorrer da história, uma realidade trágica que contribui para a complexidade da trama. O livro
mergulha ainda mais nos detalhes sobre Dan e seus pais verdadeiros, oferecendo insights cruciais
para os leitores que acompanharam os volumes anteriores.
Catacomb não apenas mantém o padrão de qualidade estabelecido pela série, mas eleva a intensidade,
explorando aspectos emocionais e narrativos que tornam a leitura envolvente e memorável. Uma peça
essencial para os fãs da série, este livro contribui significativamente para a evolução da trama e o
aprofundamento dos personagens.
Durante os últimos dois anos, uma jovem transformou quase todos os aspectos de sua vida. Parou de fumar,
correu uma maratona e foi promovida. Em um laboratório, neurologistas descobriram que os padrões dentro
do cérebro dela mudaram de maneira fundamental.
Publicitários da Procter & Gamble observaram vídeos de pessoas fazendo a cama. Tentavam desesperadamente
descobrir como vender um novo produto chamado Febreze, que estava prestes a se tornar um dos maiores
fracassos na história da empresa. De repente, um deles detecta um padrão quase imperceptível - e, com
uma sutil mudança na campanha publicitária, Febreze começa a vender um bilhão de dólares por ano.
Um diretor executivo pouco conhecido assume uma das maiores empresas norte-americanas. Seu primeiro
passo é atacar um único padrão entre os funcionários - a maneira como lidam com a segurança no ambiente
de trabalho - e logo a empresa começa a ter o melhor desempenho no índice Dow Jones.
O que todas essas pessoas têm em comum? Conseguiram ter sucesso focando em padrões que moldam cada
aspecto de nossas vidas. Tiveram êxito transformando hábitos. Com perspicácia e habilidade, Charles
Duhigg apresenta um novo entendimento da natureza humana e seu potencial para a transformação.
O Poder do Hábito é, sem dúvida, uma leitura profundamente enriquecedora, condensando resultados de
complexos estudos em páginas acessíveis que se tornam ferramentas poderosas quando combinadas com as
práticas sugeridas ao final do livro, na seção intitulada "Um Guia para o Leitor para Usar Estas
Ideias". Este guia é fundamental para transformar o conhecimento adquirido durante a leitura em
ações concretas e tangíveis.
A obra não apenas apresenta conceitos, mas também fornece um roteiro prático para a implementação
efetiva dessas ideias. A leitura é apenas o primeiro passo; o verdadeiro desafio está em colocar em
prática os insights revelados nas páginas do livro. Embora essa segunda parte possa ser desafiadora,
é totalmente possível e, como mencionado na obra, o conhecimento traz a responsabilidade de agir.
A jornada de aplicar as ideias do livro na prática é um processo que requer comprometimento, mas,
como sugerido na obra, é um passo fundamental para a mudança real. O autor destaca que, ao adquirir
conhecimento sobre um assunto, tornamo-nos responsáveis por agir de acordo com esse conhecimento.
Assim, o leitor é instigado a assumir o controle de seus hábitos e, por consequência, de sua vida.
O Poder do Hábito não é apenas um livro de teoria, mas um guia prático para transformar
positivamente a vida por meio da compreensão e modificação consciente de hábitos. Essa leitura se
destaca não apenas por sua profundidade, mas também por sua aplicabilidade direta, tornando-a uma
ferramenta valiosa para aqueles que buscam uma mudança significativa em suas vidas.
Devastação, de René Barjavel,
oferece uma rica
tapeçaria de reflexões sobre o cenário de um apagão global e seus impactos caóticos na sociedade. A
visão do autor sobre os anos 2000 é cativante e singular, dado que a obra foi escrita em 1945,
revelando uma incrível antecipação de 55 anos no tempo. Barjavel acertou previsões notáveis, como os
serviços de telecomunicação e videochamadas, demonstrando uma visão impressionante do futuro.
O que mais me fascina nesta obra é a habilidade do autor em nos transportar para sua visão
distópica. Ele cria uma atmosfera densa e melancólica, permitindo que os leitores mergulhem na
história e imaginem vividamente como seria viver em tal realidade. A narrativa é tão envolvente que
é impossível não se identificar com os personagens, e ao chegar ao final, compreendemos
profundamente as razões do protagonista em rejeitar a criação de seu próprio filho.
Dentro do contexto atual, a história leva os personagens a viverem como clãs novamente,
estabelecendo suas próprias regras, normas e políticas de convivência em meio ao caos. É notável
como o livro, escrito em 1945 e situado em Paris, oferece uma narrativa única, proporcionando uma
experiência literária diversa e envolvente. Voltar no tempo através da escrita deste autor é
verdadeiramente mágico, ressaltando o poder intemporal da literatura.
O conceito de inteligência emocional se popularizou em meados dos anos 90 a partir do best-seller de
Daniel Goleman, que ressalta a importância do equilíbrio emocional para a forma como indivíduos se
relacionam entre si e para a maneira como líderes lidam com suas equipes e desafios profissionais. O
estudo serviu de ponto de partida para uma série de outras abordagens que buscam legitimar o aspecto
emocional para a satisfação pessoal e o alcance de bons resultados no ambiente de trabalho, com base nos
avanços de diversas áreas do conhecimento humano.
O livro Inteligência Positiva, de Shirzad Chamine - CEO de uma das maiores organizações de treinamento
de coaches do mundo - representa um novo passo na identificação de como o equilíbrio emocional é
determinante na maioria das tentativas para melhorar a vida pessoal e profissional. O autor afirma que
apenas 20% das equipes e dos indivíduos alcançam seu verdadeiro potencial e atribui ao processo de
sabotagem da mente humana a causa de grande parte dos fracassos. Shirzad parte da premissa de que a
mente humana é a melhor aliada de cada indivíduo e, paradoxalmente, também a pior inimiga.
Os sabotadores internos estão sempre em atividade, mas é possível identificá-los e, assim,
enfraquecê-los, melhorando significativamente a ação do cérebro a favor do indivíduo. Para medir o
fenômeno, Shirzad desenvolveu o conceito de inteligência positiva (QP na sigla em inglês), que avalia a
porcentagem do tempo em que a mente humana atua como aliada e não como sabotadora. Tal medida fornece a
resposta para questionamentos diversos, como, por exemplo, por que quase todas as resoluções de ano-novo
são deixadas de lado, ou ainda por que alguém sucumbe a velhos hábitos notoriamente prejudiciais.
Com técnicas e ferramentas inovadoras, Inteligência Positiva combina conhecimentos da neurociência,
psicologia positiva, ciência organizacional e liderança para desenvolver e alcançar o potencial máximo
tanto para o sucesso profissional como para a realização pessoal. No livro, o autor busca identificar os
principais sabotadores e como dominá-los. Entre os mais comuns estão o Crítico, o Controlador, a Vítima,
o Hiper-realizador e o Prestativo. Aponta ainda como medir a pontuação do quociente de inteligência
positiva (QP) de uma equipe e de si mesmo e como estabelecer o ponto de virada para o desempenho máximo,
aumentando-o consideravelmente em apenas 21 dias.
O autor apresenta técnicas para desenvolver novos “músculos” cerebrais na execução de tarefas
rotineiras. E, por fim, ensina como aplicar ferramentas para fortalecer equipes, controlar o excesso de
trabalho, trabalhar com pessoas “difíceis”, melhorar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e
reduzir o estresse. Segundo Shirzad, os chamados sabotadores são um fenômeno universal. A questão,
aponta o autor, não é identificar a existência deles, mas de que modo se manifestam e em que
intensidade.
Shirzad defende ainda que a inteligência positiva ajuda a encontrar o equilíbrio entre vida pessoal e
trabalho, na construção de equipes mais eficazes, na resolução de problemas complexos, na descoberta de
propósito para a vida, nos cuidados com a saúde, na criação de filhos, no gerenciamento de estresse,
entre outras questões que afligem a todos.
Resenha de "Inteligência Positiva" por Shirzad Chamine
Este livro, "Inteligência Positiva" de Shirzad Chamine, revelou-me novas perspectivas sobre as
constantes vozes que habitam nossas mentes, incluindo aquela que agora está utilizando para
absorver esta descrição. No decorrer da obra, Chamine desvenda a identidade dessas vozes,
proporcionando uma compreensão mais profunda e desmistificadora dos rótulos atribuídos a elas.
Esta abordagem dinâmica e envolvente oferece uma visão intrigante para o nosso cotidiano e
reflexões pessoais.
Ao longo da leitura, mergulhamos nos pensamentos do autor, permitindo-nos enxergar através de
sua perspectiva única. Isso proporciona uma nova maneira de encarar as 'vozes' internas,
destacando que elas não definem nossa verdadeira essência, mas são apenas fragmentos do complexo
eu interior de cada indivíduo.
O livro apresenta três estratégias fundamentais para aplicar o conhecimento adquirido: Rotular,
Enfraquecer e Fortalecer. Estas estratégias se revelam essenciais para a compreensão e gestão
das vozes internas, guiando o leitor a uma jornada autodescoberta.
Ao compartilhar trechos significativos com amigos, surpreendentemente me vi questionando e
explorando aspectos desconhecidos de mim mesmo. Os feedbacks obtidos foram reveladores e
enriquecedores, destacando a importância de compartilhar essa experiência de leitura com aqueles
próximos. Essa prática proporcionou uma perspectiva renovada e reveladora sobre minha própria
identidade.
Em suma, a leitura de "Inteligência Positiva" revelou camadas mais profundas de quem sou,
delineando a distinção entre meu verdadeiro eu e os 'fragmentos' que o compõem. Esta experiência
de autodescoberta é, sem dúvida, enriquecedora e recomendo-a a todos que buscam uma compreensão
mais profunda de si mesmos.
19. Ramon M. Cosenza | Leonor B. Guerra: Neurociência e educação: Como o cérebro aprende
Ano: 2011 / Páginas: 151 / Editora: Artmed
O cérebro é responsável pela forma como processamos as informações, armazenamos o conhecimento e
selecionamos nosso comportamento, dessa forma compreender seu funcionamento, seu potencial e as melhores
estratégias de favorecer seu pleno desenvolvimento é foco principal de estudo e trabalho tanto dos
profissionais da saúde mental como da educação.
Resenha de "Neurociência e educação" por Ramon M. Cosenza | Leonor B. Guerra
O livro "Neurociência e Educação" proporcionou-me uma compreensão sólida do processo de aprendizagem
em geral. Aprendi que os neurotransmissores desempenham o papel de "fofoqueiros", comunicando-nos
nossos estados emocionais. Além disso, o livro explora os processos neurológicos intrinsecamente
ligados à aprendizagem e como o ambiente em que vivemos pode influenciar-nos positiva ou
negativamente. Essa descoberta respondeu a uma dúvida que me era predominante: "O ambiente que
vivencio diariamente afeta-me de alguma maneira?" A resposta, como aprendi, é sim, e de forma
significativa.
Uma outra reflexão que surgiu foi sobre organização, tanto física quanto mental. Percebi que estar
em um ambiente arrumado e limpo facilita a aprendizagem e a retenção do conhecimento, enquanto um
ambiente desorganizado pode ter o efeito oposto. Essa compreensão trouxe clareza para aspectos da
minha vida.
Em suma, considero este livro uma leitura excelente para aqueles interessados em neurociência e
educação, seja um membro da família, educador ou até mesmo o próprio aprendiz, como eu. Ele oferece
respostas valiosas para questões básicas sobre o funcionamento do cérebro, proporcionando uma base
sólida para um conhecimento mais aprofundado sobre o processo de aprendizagem. Certamente, é um
recurso que contribui para uma sociedade mais bem informada e educada.
Ano: 2008 / Páginas: 350 / Editora: Record Literatura Estrangeira
/ Biografia,
Autobiografia, Memórias / Drama / Não-ficção
O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa
em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os sentimentos, medos e
pequenas alegrias de uma menina judia que, com sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.
Lançado em 1947, O Diário de Anne Frank tornou-se um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos.
Um livro tocante e importante que conta às novas gerações os horrores da perseguição aos judeus durante
a Segunda Guerra Mundial.
Agora, seis décadas após ter sido escrito, este relato finalmente é publicado na íntegra, com um caderno
de fotos e o resgate de trechos que permaneciam inéditos. Uma nova edição que aprofunda e aumenta nossa
compreensão da vida e da personalidade dessa menina que se transformou em um dos grandes símbolos da
luta contra a opressão e a injustiça. E consagra O Diário de Anne Frank como um dos livros de maior
importância do século XX.
Uma obra que deve ser lida por todos, para evitar que atrocidades parecidas voltem a acontecer neste
mundo.
Diário de Anne Frank é uma obra clássica e fundamental do século XX, transportando-nos de volta à
época através dos olhos de Anne, oferecendo um relato vívido dos acontecimentos há mais de 80 anos.
Este diário não é apenas um registro pessoal, mas uma poderosa reflexão sobre os horrores do
Holocausto.
Mesmo após mais de seis décadas, suas mensagens sobre preconceito e ódio ainda ressoam,
lembrando-nos das terríveis consequências da ignorância humana. Anne compartilha seus sonhos para o
futuro, mas sabemos que apenas um pequeno número de pessoas viu o fim da guerra e testemunhou a
devastação deixada para trás.
Este livro nos convida a refletir sobre o passado e nos comprometer a nunca permitir que tais
atrocidades se repitam.
Ano: 2011 / Páginas: 480 / Editora: Intrínseca Drama / Ficção /
Literatura Estrangeira /
Romance
A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao
perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas
de 1939 a 1943.
Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o
subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no
trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a
menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não
sabe ler.
Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um
pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta,
Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na
biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à
eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina,
colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E
ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela
História.
A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro
confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de
crítica e público.
Optei por interromper minha leitura devido à dificuldade em me envolver com a história, o
que tornava a experiência de leitura um tanto tediosa, apesar da perspectiva intrigante da
narradora.
Ano: 2018 / Páginas: 312 / Editora: TAG - Experiências Literárias, Companhia das Letras Biografia, Autobiografia, Memórias / Literatura Estrangeira
“Tem gente que nasce rebelde. Lendo a história de Zelda Fitzgerald, identifiquei-me com seu espírito
insubordinado. Lembro de passear com minha mãe olhando vitrines e perguntar por que as pessoas não
chutavam e quebravam aquilo.” É com esse tom franco e irreverente - e ao mesmo tempo doce e poético -
que Patti Smith revive sua história ao lado do fotógrafo Robert Mapplethorpe, enquanto os dois tentavam
ser artistas e transformar seus impulsos destrutivos em trabalhos criativos.
Crescida numa família modesta de Nova Jersey, Patti trabalhou em uma fábrica e entregou seu primeiro
filho para adoção, antes de se mandar para Nova York, com vinte anos, um livro de Rimbaud na mala e nada
no bolso. Era o final dos anos 1960, e Patti teve de se virar como pôde: morou nas ruas de Manhattan,
dividiu comida com um mendigo, trabalhou e dormiu em livrarias e até roubou os colegas de trabalho,
enquanto conhecia boa parte dos aspirantes a artistas que partilhavam a atmosfera contestadora do famoso
“verão do amor”.
Foi então que conheceu o rapaz de cachos bastos que seria sua primeira grande paixão: o futuro fotógrafo
Robert Mapplethorpe, para quem Patti prometeu escrever este livro, antes que ele morresse de AIDS, em
1989. Só Garotos é uma autobiografia cativante e nada convencional. Tendo como pano de fundo a história
de amor entre Patti e Mapplethorpe, o livro é também um retrato apaixonado, lírico e confessional da
contracultura americana dos anos 1970, desfiado por uma de suas maiores expoentes vivas.
Muitas vezes sem dinheiro e sem emprego, mas com disposição e talento de sobra, os dois viveram
intensamente períodos de grandes transformações e revelações - até mesmo quando Robert assume ser gay ou
quando suas imagens ousadas e polêmicas começam a ser reconhecidas e aclamadas pelo mundo da arte. Ao
refazer os laços sinceros de uma relação muito peculiar, Patti Smith revela-se uma escritora e
memorialista de grande calibre - e o modo como seu texto reflete a lealdade dos dois é comovente, apesar
de todas as diferenças.
Pincelado com imagens raras do acervo de Patti Smith, Só Garotos pode ser lido como um romance de
formação de dois grandes artistas do século XX, que apostaram na ousadia, na liberdade e na beleza como
antídotos à massificação - e contra todas as recomendações.
“O retrato mais fascinante e divertido da descolada-mas-chique Nova York do final dos anos 60 e começo
dos 70.” - Tom Carson, The New York Times.
Ao iniciar esta leitura, não me senti imediatamente envolvido. No entanto, à medida que avançava, a
conexão com as páginas se fortalecia. O texto é repleto de referências temporais, algumas datando
até antes de 1960, o que pode confundir aqueles menos familiarizados com o contexto histórico.
Apesar disso, a narrativa se desenrola de maneira cativante.
A relação entre Patti e Robert se aprofunda ao longo dos eventos narrados, revelando dois jovens em
busca de reconhecimento para suas obras artísticas únicas. Mesmo diante das limitações financeiras,
eles persistem em sua paixão pela arte, encontrando maneiras de contornar as adversidades.
Nesta autobiografia, a presença de Robert é profundamente sentida e reverenciada, mesmo não sendo o
foco principal da história. Suas memórias são evocadas com emoção e destaque, ressaltando sua
importância na vida da autora.
Encerro estas reflexões com as palavras marcantes: "Lembrarei de ti, Estrelinha Azul".
A princípio, tratava-se de um pequeno conto sobre um jovem estudante suíço que ambicionava criar um ser
ideal, injetando vida a um corpo morto. Mais tarde, transformado em romance, tornou-se um marco na
literatura do gênero.
Frankenstein ou o Moderno Prometeu (Frankenstein; or the Modern Prometheus, no original em inglês), mais
conhecido simplesmente por Frankenstein, é um romance de terror gótico com inspirações do movimento
romântico, de autoria de Mary Shelley, escritora britânica nascida em Londres.
O romance relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um
monstro em seu laboratório. Mary Shelley escreveu a história quando tinha apenas 19 anos, entre 1816 e
1817, e a obra foi primeiramente publicada em 1818, sem crédito para a autora na primeira edição.
Atualmente, costuma-se considerar a versão revisada da terceira edição do livro, publicada em 1831, como
a definitiva. O romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo gênero de horror, tendo grande
influência na literatura e cultura popular ocidental.
Ao explorar mais profundamente esta obra, me deparei com uma surpresa inicial: foi escrita por uma
mulher em 1816/1817. Com apenas 19 anos, Mary Shelley criou Frankenstein, que se tornou um dos
maiores sucessos do gênero.
Em essência, a história de Frankenstein pode ser resumida como a busca de um "monstro" pelo amor e
compreensão de seus semelhantes, uma busca mal concebida até mesmo por seu próprio criador. Mary
Shelley habilmente tece uma narrativa comovente em torno dessa questão, dando voz ao "monstro"
Frankenstein.
O livro, escrito há mais de 200 anos, está repleto de dialetos e expressões que hoje nos parecem
antiquados, o que, em minha opinião, adiciona uma camada de conexão ao ler a obra. Muitas vezes,
precisei ler com atenção e até mesmo pesquisar o significado de palavras para absorver completamente
o que estava sendo transmitido.
Para mim, essa complexidade é um dos pontos mais marcantes da obra. É uma honra poder compreendê-la
e mergulhar nessa trama apresentada pela grandiosa Mary Shelley. Embora essa riqueza linguística
possa não atrair a todos, pessoalmente vejo-me relendo este livro no futuro para uma compreensão
ainda mais profunda.
24. Leticia Wierzchowski | O Dragão de Wawel e outras
Lendas Polonesas
Ano: 2005 / Páginas: 96 / Editora: Record
Dragões, sereias, fadas, histórias de coragem, amor, astúcia e sabedoria. As lendas polonesas contadas
por Leticia
Wierzchowski e Anna Klacewicz neste livro fazem parte da história e da cultura de um povo
milenar.
Com ilustrações de André
Neves, O dragão de Wawel e outras lendas polonesas conduz o leitor por um mundo mágico, repleto
de ensinamentos e riquezas. Por meio dessas deliciosas narrativas, descobrem-se a origem lendária do
nome da cidade de Varsóvia; como o povo eslavo se dividiu depois da separação de três irmãos, dando
origem à Polônia, à Rússia e à Tchecoslováquia; como Turim se tornou famosa por seu pão de mel; entre
outras histórias curiosas.
O dragão de Wawel e outras lendas polonesas traz histórias para crianças - e adultos - que encontrarão
nos textos o prazer de imaginar, viajar e aprender.
Resenha de "O Dragão de Wawel" por Leticia Wierzchowski
Com 10 breves histórias, este livro nos apresenta um panorama do folclore
polonês. Cada narrativa é expressiva e marcante, refletindo aspectos
distintos de uma cultura rica e variada. Minhas lendas favoritas foram "A
História do Trompetista de Cracóvia," "A Lenda dos Três Irmãos," e, por
último, "Janosik, o Fora-da-Lei."
Ano: 2015 / Páginas: 304 / Editora: DarkSide Books Ficção /
Literatura Estrangeira /
Suspense e Mistério / Terror
"A maior astúcia do Diabo é nos convencer de que ele não existe", escreveu o poeta francês Charles
Baudelaire. Já a grande astúcia de Andrew Pyper, autor de O Demonologista (DarkSide® Books, 2015), é
fazer até o mais cético dos leitores duvidar de suas certezas. E, se possível, evitar caminhos
mal-iluminados.
O personagem que dá título ao best-seller internacional é David Ullman, renomado professor da
Universidade de Columbia, especializado na figura literária do Diabo - principalmente na obra-prima de
John Milton, Paraíso Perdido. Para David, o Anjo Caído é apenas um ser mitológico. Ao aceitar um convite
para testemunhar um suposto fenômeno sobrenatural em Veneza, David começa a ter motivos pessoais para
mudar de opinião.
O que seria apenas uma boa desculpa para tirar férias na Itália com sua filha de 12 anos se transforma
em uma jornada assustadora aos recantos mais sombrios da alma. Enquanto corre contra o tempo, David
precisa decifrar pistas escondidas no clássico Paraíso Perdido e usar tudo o que aprendeu para enfrentar
O Inominável e salvar sua filha do Inferno.
Olá, leitoras e leitores! Bem-vindos à minha 23ª resenha aqui no Skoob.
Demorei para terminar esta leitura por alguns motivos, incluindo um vírus que me afetou no
início. Agora, já estou melhor. Os intervalos longos entre as leituras, de dois ou até três
dias, acabaram atrasando minha conexão com o livro, algo que só recuperei no final.
Apesar disso, a experiência foi incrível, especialmente no desfecho, que me tirou o fôlego em
muitos momentos. A forma como o autor nos mergulha na mente do protagonista é tão bem executada
que às vezes esquecemos dos outros personagens, como O'Brien, que se envolve nas loucuras de
Ullman. As frases impactantes, como "Deveria ter sido você", são verdadeiros choques,
especialmente ao entender o motivo por trás das palavras do pai de Ullman.
O que mais me chamou a atenção foram as cicatrizes da infância do protagonista, especialmente
quando ele revisita lugares significativos, como a antiga casa, o lago e as trilhas. A
capacidade de visualizar esse cenário é surreal. Ainda estou intrigada sobre a identidade da
"Mulher Magra", mas sei que ele conseguiu resgatar sua filha, que sempre foi seu maior objetivo.
Super recomendo, especialmente para aqueles que gostam de mistério.
Este livro é sobre prazer. É também sobre sofrimento. Mas mais importante, é um livro que trata
de como encontrar o delicado equilíbrio entre os dois, e por que hoje em dia, mais do que nunca,
encontrar o equilíbrio é essencial. Estamos vivendo em uma época de excessos, de acesso sem
precedentes a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida, notícias, jogos,
compras, sexo, redes sociais. A variedade e a potência desses estímulos são impressionantes –
assim como seu poder adictivo. Nossos telefones celulares oferecem dopamina digital 24 horas por
dia, 7 dias por semana, para uma sociedade ao mesmo tempo conectada e alheia do que acontece ao
redor. Estamos todos vulneráveis ao consumo excessivo e à compulsão.
Em Nação dopamina, Dra. Anna Lembke, psiquiatra e professora da Escola de Medicina da renomada
Universidade Stanford, explora as novas e empolgantes descobertas científicas que explicam por
que a busca incansável do prazer gera mais sofrimento do que felicidade – e o que podemos fazer
a respeito.
Traduzindo a complexidade da neurociência para metáforas fáceis de entender, a Dra. Anna mostra
que o caminho para manter a dopamina sob controle é encontrar contentamento nas pequenas coisas
e nos conectar com as pessoas queridas. Como prova disso, a autora compartilha diversas
experiências vividas por seus pacientes em trechos muito emocionantes. São histórias fascinantes
de sofrimento e redenção que nos dão a esperança de que é possível transformar a nossa vida.
Nestas páginas, Nação dopamina mostra que o segredo para encontrar o equilíbrio é combinar a
ciência do desejo com a sabedoria da recuperação.
Recebi a recomendação deste livro através de um vídeo que vi anos atrás e fiquei curioso para
saber sobre o que realmente se tratava. Antes mesmo da leitura, o campo da Neurociência já
vinha chamando minha atenção por me proporcionar muitas respostas para questionamentos que
eu sempre tive, mas nunca compreendi totalmente. Ao entender um pouco mais sobre o assunto,
consegui obter essas respostas.
Em "Nação Dopamina", assim como mencionei antes, obtive muitas respostas e adquiri um
conhecimento mais sólido sobre neurociência e outras áreas do conhecimento. A leitura
abrange desde questionamentos aleatórios que surgiram ao longo do tempo até aqueles mais
profundos no cerne da minha existência. O livro é repleto de referências a outros trabalhos
e profissionais da área, conferindo maior veracidade ao conteúdo transmitido. Todas as
referências estão listadas nas Notas ao final do livro. A obra também é rica em reflexões,
instruções e dicas de como lidar conosco mesmos e entender um pouco além do que realmente
somos e como agimos. No final de cada capítulo, há sempre uma frase para reflexão, sendo a
primeira delas a que me fez parar para pensar mais profundamente sobre temas nos quais eu já
havia refletido sozinho.
Muito se fala sobre hiperconsumo, impulsividade, vícios diversos e como todos esses aspectos
da vida moderna nos deixam infelizes, tanto conosco mesmos quanto com o mundo ao nosso
redor. Em algumas das minhas reflexões anteriores, já havia pensado sobre esses temas, mas
de maneira bem vaga. Após a leitura deste incrível livro, sinto que tudo se solidificou e
aprimorou.
Por fim, gostaria de recomendar este livro a todos que se interessam por Psicologia,
Neurociência e Medicina (entre outros). Mesmo que seu foco não seja nessas áreas, tudo o que
é transmitido nesta obra é de suma importância para entendermos muito do que acontece com as
pessoas ao nosso redor e conosco mesmos.
27. Piers Paul Read | Os Sobreviventes: A
Tragédia dos Andes
Ano: 1975 / Páginas: 295 / Editora: Círculo do Livro Não-ficção
Sexta-feira, 13 de outubro de 1972, um avião uruguaio com 5 tripulantes e 40 passageiros, dos quais
muitos estudantes e jogadores de rugby, se espatifa na Cordilheira dos Andes. Doze morrem imediatamente
e os sobreviventes tem que suportar a terrível Cordilheira, 30 graus abaixo de zero durante a noite e a
fome.
Resistiram com as escassas reservas alimentícias esperando pelo resgate, mas no décimo dia escutam pelo
rádio que as buscas haviam cessado.
A partir de então só dependia deles sair com vida da montanha. Ante a ausência de alimentos e esgotadas
as resistências físicas se viram obrigados a alimentar-se de seus companheiros mortos para seguir
vivendo. Finalmente fartos das ameaçadoras avalanches, da contínua morte de seus companheiros e da
espera pelo resgate, dois deles decidem cruzar as imensas montanhas para chegar ao Chile. Depois de dez
dias de escaladas e caminhadas, conseguiram ajuda. No dia 22 de dezembro de 1972, depois de 72 nas
montanhas, dezesseis sobreviventes são resgatados.
Desde as primeiras páginas, fica claro que "Os Sobreviventes: A Tragédia dos Andes" é uma narrativa
carregada de tensão e emoção. Logo no início, uma passagem chamou minha atenção: "Houve uma ou duas
piadas para esconder o nervosismo. Um dos rapazes pegou o microfone no fundo do avião e disse:
'Senhoras e senhores, por favor, ponham os seus pára-quedas. Estamos em vias de aterrissar na
cordilheira'". Essa frase imediatamente me lembrou do trágico acidente dos Mamonas Assassinas, onde,
de forma semelhante, o vocalista Dinho fez uma brincadeira antes de um evento devastador. Essa
coincidência revela uma semelhança perturbadora: o humor usado para mascarar o medo em momentos que
precedem tragédias.
Conforme avancei na leitura, a narrativa se tornou cada vez mais intensa e sombria. Embora eu
soubesse que alguns dos personagens sobreviveriam, havia trechos em que até mesmo eu, como leitor,
duvidava dessa possibilidade, dada a gravidade da situação. A combinação da geografia implacável dos
Andes com o isolamento social extremo enfrentado pelos sobreviventes criou uma atmosfera de
desespero e angústia.
Apesar de estarem rodeados pela solidão e pela quietude esmagadora das montanhas, os sobreviventes
compartilhavam um objetivo comum: a sobrevivência. Eles enfrentaram não apenas os desafios físicos
do ambiente hostil, mas também as falsas esperanças alimentadas pelos pais que aguardavam notícias
sobre seus filhos perdidos. Ao mesmo tempo, surgiram conflitos e tensões dentro do grupo, resultando
em brigas que refletiam o estado de extremo estresse em que se encontravam. Mesmo assim, os
escombros do avião Fairchild foram carinhosamente apelidados de "Lar", mostrando a incrível
capacidade humana de encontrar algum conforto mesmo nas situações mais desesperadoras.
"Os Sobreviventes" é uma obra que desafia o leitor a refletir sobre a força do espírito humano e a
complexidade das relações interpessoais em circunstâncias extremas. É uma leitura que, sem dúvida,
permanece com o leitor muito tempo após a última página ser virada.
28. Daniel Molo / Lukas Marques | Você Sabia?: + de 400
coisas que você
deveria saber
Ano: 2017 / Páginas: 224 / Editora: Outro Planeta Educação / Entretenimento / Humor, Comédia
/ Literatura Brasileira
Nada escapa ao olhar curioso de Lukas Marques e Daniel Molo, criadores do Você sabia? Programa de
curiosidades no YouTube, com mais de 7 milhões de seguidores. Com bom humor, irreverência e muita
informação, eles conquistaram a internet e agora vão invadir as livrarias com este livro repleto de
fatos curiosos, bizarros e interessantes. Você entraria na Deep Web? Tem medo de histórias
sobrenaturais? Já viu ou acredita em extraterrestres? Comeria um queijo vivo? E o que aconteceria se do
nada a Terra parasse de girar? E que tal conhecer o objeto mais perigoso do mundo? Sabe da existência
dos monstros marinhos?
Resenha de "Você Sabia?" por Lukas Marques e Daniel Molo
O livro Você Sabia?, do canal homônimo no YouTube, é uma excelente opção para quem deseja mergulhar
no mundo da leitura, mas não sabe por onde começar. Ele também pode agradar quem já tem o hábito de
ler, especialmente se for fã do canal, pois traz uma experiência descontraída que remete ao estilo
leve e divertido dos vídeos.
O conteúdo é bastante variado, abrangendo temas como animais marinhos, universo geek, histórias
bizarras, mistérios e muito mais. Além disso, o livro oferece uma seção extra chamada "Para ler,
jogar e assistir", com ótimas recomendações de entretenimento.
A parte que mais gostei foi sobre os lugares geeks e a seção "O que aconteceria se...", que aborda
questões curiosas de forma criativa e envolvente. Tudo é apresentado de maneira concisa, bem
organizada e com informações completas, tornando a leitura não apenas divertida, mas também
informativa.
Ano: 2020 / Páginas: 304 / Editora: DarkSide Books Drama / Ficção / Horror / Literatura
Estrangeira / Suspense e Mistério / Terror
Para dar vida à sua própria criatura, Pyper dissecou alguns dos monstros sagrados do século XIX. Mary
Shelley, Robert Louis Stevenson e Bram Stoker viram personagens do livro e se inspiram num ser imortal e
cruel para escreverem suas obras-primas góticas. Assim, os mitos de Frankenstein, O Médico e o Monstro e
Drácula ganham novas perspectivas e ficam tão assustadores como em suas origens.
A Criatura é muito mais do que uma homenagem aos mestres do passado. Sua narrativa costura elementos de
thriller policial e terror psicológico com forças sobrenaturais além de nossa compreensão. O mal se
apresenta em diversas formas, e ele pode estar vigiando o seu lar neste exato momento.
A história se inicia quando a dra. Lily Dominick, uma psiquiatra forense, precisa avaliar a sanidade de
um criminoso. Só que este não é o típico psicopata com quem ela está acostumada a lidar. Há algo
diferente neste homem. Algo mágico, sinistro e íntimo, que, de alguma maneira, parece conectado com sua
infância, no Alasca. Quando tinha apenas seis anos, sua mãe morreu de forma brutal e misteriosa. Ao
contrário do que concluiu a polícia na época, ela sabe que o responsável não foi um urso faminto. Entre
lembranças imprecisas e pesadelos constantes, Lily esconde uma certeza: quem matou sua mãe foi... um
monstro real.
Com dois protagonistas que vivem a dinâmica combativa e fascinante de Clarice Starling e Hannibal Lecter
em O Silêncio dos Inocentes, A Criatura envereda o leitor por um manicômio abandonado em Budapeste, um
teatro vazio no West End de Londres e até mesmo uma cela subterrânea na Romênia. Tudo isso numa
narrativa que não deixa o leitor largar o livro por nada — nem ao menos um monstro — nesse mundo.
O final de A Criatura me deixou completamente surpreso, superando todas as minhas expectativas.
Passei o livro todo imaginando as possíveis reviravoltas, inclusive acreditando que a protagonista,
Lily Dominick, poderia "desviver" no final, mas fui surpreendido – e claro, sem spoilers aqui!
Sobre a obra em si, devo admitir que o início me pareceu um pouco lento. No entanto, reconheço que
foi uma introdução necessária ao universo de Lily, e conforme a trama avança, a narrativa se torna
muito mais envolvente. Houve um momento em que quase não terminei o livro, pois o perdi durante uma
viagem, mas felizmente consegui recuperá-lo – junto com outros pertences perdidos – e finalizar a
leitura.
Uma das coisas que mais me prendeu foi a habilidade de Andrew Pyper em criar conexões com obras
clássicas da literatura gótica, como Frankenstein, O Médico e o Monstro e Drácula. Fiquei
particularmente surpreso com a menção a Frankenstein e à própria Mary Shelley, pois havia lido essa
obra alguns meses antes. Isso adicionou um nível extra de profundidade e ressonância à leitura,
tornando a experiência ainda mais impactante.
Contudo, nem tudo funcionou perfeitamente para mim. Em alguns momentos, me questionei sobre a
rapidez com que Lily, uma profissional de saúde mental, mergulhou tão profundamente na trama ao se
envolver com o seu "novo cliente". Essa decisão me pareceu um tanto abrupta, considerando a sua
formação e experiência. Além disso, senti que a história da mãe de Lily poderia ter sido melhor
explorada. Embora houvesse menções significativas a ela, especialmente em relação ao "lugar secreto"
e às gravações deixadas, ficou faltando um aprofundamento maior sobre sua figura, algo que poderia
ter dado mais peso à trama.
Apesar dessas pequenas falhas, foi uma leitura repleta de momentos altos e baixos. Andrew Pyper
demonstrou grande talento ao manter o suspense e surpreender o leitor até o final. Definitivamente,
uma obra memorável.
Ano: 2016 / Páginas: 336 / Editora: DarkSide Books Literatura Estrangeira / Terror /
Infantil / Ficção / Romance policial / Suspense e Mistério
Danny Orchard conseguiu enganar a morte e ganhou uma segunda chance para viver. Só que ele não voltou do
inferno sozinho. Em Os Condenados, Andrew Pyper, autor do fenômeno O Demonologista, explora as conexões
de amor e ódio entre irmãos gêmeos, numa história sobrenatural digna de pesadelos.
Danny passou por uma experiência de quase-morte em um incêndio há mais de vinte anos. Sua irmã gêmea,
Ashleigh, não teve a mesma sorte. Danny conseguiu transformar sua tragédia pessoal em um livro que se
tornaria um grande best-seller. Ainda que isso não signifique que ele tenha conseguido superar a morte
da irmã. Claro, ela nunca mais o deixaria em paz.
Mesmo depois de morta, Ash continua sendo uma garota vingativa e egoísta, como sempre. Mas agora que seu
irmão finalmente tenta levar uma vida normal, ela se torna cada vez mais possessiva. Danny parece
condenado à solidão. Qualquer chance de felicidade é destruída pelo fantasma de seu passado, e se
aproximar de outras pessoas significa colocá-las em risco.
Atualizando minha jornada literária! 📚✨ Continuo imerso(a) na leitura e adoraria compartilhar cada
página, emoção e descoberta contigo. 😊✨ Siga-me no Skoob para não perder nenhum capítulo dessa
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